No Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social e ano de estreia d’A Menina de Pedra, quisemos alertar para segregação que vivencia a maioria dos jovens deficientes, dado que são uma população com a qual trabalhamos há alguns anos. O argumento fala-nos de uma menina que ficou com o cérebro parcialmente paralisado devido ao feitiço de uma bruxa. A Menina, que queria ser bailarina, deixou de se poder mover, transformando-se numa estátua. Quando um grupo de amigos tomou conhecimento da situação da Menina e do fascínio que nutria pela dança, decidiu motivá-la a dançar na esperança de que através do movimento o seu cérebro fosse reativado. Podemos ler nesta história uma analogia ao processo de recuperação dos jovens com paralisia cerebral que precisam permanentemente de Amigos como estes.

Quanto ao género musical, quisemos abordar o bailado, que constituiu para nós uma oportunidade de mergulhar de forma mais aprofundada neste domínio, já que temos construído a atividade da Orquestra Sinfónica de Lisboa essencialmente à volta de obras sinfónicas em formato concerto e de óperas.
A congregação destas vontades constituiu naturalmente o ponto de partida para este bailado. Na preparação para as apresentações ao vivo, para além da apropriação da mensagem de integração social, as crianças e jovens envolvidos procuram aprender alguns movimentos básicos da dança, tal como a Menina.

Convidamo-los a fazerem o mesmo!

música Jorge Salgueiro

argumento João Aguiar

coreografia Diana Nogueira Vieira

figurinos Rita Melo

apoio cenográfico Silveira Cabral

interpretação Orquestra Sinfónica de Lisboa