Partindo de uma história onde é ilustrada a destruição da floresta pelo Homem, o pequeno leitor é confrontado com as preocupações ambientais tão pertinentes nos tempos que correm. Através da aventura de uma Gotinha d’Água, cujo percurso ilustra o ciclo da água, a criança entra em contacto com os quatro elementos, aqui representados: água, terra, ar e fogo. Nesta suite para orquestra de câmara, onde são abordados aspetos musicais como a forma e o timbre
«Era uma vez uma Nuvem Branca onde viviam muitas gotinhas de d ́água.
Um dia, de tão apertada que estava, a Gotinha Aventureira decidiu saltar da Nuvem Branca e procurar um novo mundo. Acabou por cair numa vasta planície onde o sol brilhava tanto que decidiu esconder-se debaixo da terra onde encontrou uma semente. Juntas transformaram-se num rebento que foi crescendo, crescendo, crescendo até se transformar numa linda árvore.
A Árvore Aventureira começou por atrair crianças que para ela iam brincar. Um dia quando a Nuvem Branca passava por cima da planície, todas as gotinhas quiseram descer para, tal como a Gotinha Aventureira, serem árvores e brincarem com crianças.
Algum tempo depois, a vasta planície transformara-se numa enorme floresta, uma floresta límpida e cristalina como uma gotinha d ́água.
Mas um dia os Homens chegaram à floresta e começaram a cortar as árvores, a poluí-la com os seus carros, e a sujá-la com os seus detritos. Tão descuidados foram, que provocaram um gigantesco fogo que destruiu toda a floresta.
Quando as crianças voltaram para brincar na floresta, viram a Árvore Aventureira e todas as suas amigas queimadas pelo fogo. No céu, a Nuvem Branca estava doente e suja da poluição. As gotinhas d`água já não queriam descer à terra que estava suja e queimada.
Então as crianças decidiram limpar os campos, pôr sementes na terra e crescer em harmonia com a floresta…Não deixando nunca mais que a Natureza fosse destruída.»
música e história Jorge Salgueiro
poemas João Aguiar
interpretação Orquestra Sinfónica de Lisboa
apresentação Dinis Mendes
apontamentos coreográficos Diana Vieira
cenografia Kim Cachopo
desenho de luz Paulo Sabino